HISTÓRICO DO PROGRAMA
O Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social (PPGPS) da UERJ teve origem no Curso de Mestrado em Psicologia e Práticas Socioculturais, criado em 1991, pela Deliberação 0002/1991 do Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão, como uma instância de pós-graduação stricto sensu no âmbito do Departamento de Psicologia Social e Institucional. Com o fim de dois Institutos da Fundação Getulio Vargas em 1990, o Instituto de Seleção e Orientação Profissional (ISOP) e o Instituto de Estudos Avançados em Educação (IESAE), a UERJ absorveu alguns dos professores de suas pós-graduações, sendo que três deles vieram a consolidar o corpo docente do Instituto de Psicologia (IP), ainda sem pós-graduação e com poucos doutores, possibilitando formar um corpus sólido que pudesse constituir a primeira pós-graduação no Instituto de Psicologia. Destes professores, uma faleceu e dois outros permanecem até hoje, apesar da entrada na aposentadoria.
O Curso de Mestrado em Psicologia e Práticas Socioculturais tinha seu quadro docente caracterizado por formações doutorais marcadas pela articulação entre o saber da Psicologia e aqueles oriundos das demais ciências humanas e sociais, com uma ampla variedade de referências teóricas e metodológicas. Esta orientação plural encontrou uma boa aceitação, com demanda crescente de novos candidatos, culminando com a criação do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social que foi instituído pela Deliberação 0008/1999 para acrescentar ao que já se fazia a responsabilidade pela oferta da formação doutoral. Em consequência, a partir de 2001, o PPGPS se manteve ativo na formação pós-graduada stricto sensu nos dois níveis. O perfil da Universidade mudou – muito em função da existência do Programa –, o número cada vez maior de doutores interessados em ingressar cresceu e no início dos anos 2000 o PPGPS absorveu vários outros docentes do Instituto de Psicologia. Já no início da década de 2010, docentes de outros departamentos solicitaram ingresso e a partir de 2014 o Programa deixou de funcionar no âmbito de Departamento de Psicologia Social e Institucional para estar vinculado diretamente à Direção do Instituto de Psicologia.
Embora a vertente da Psicologia Social predominante no Programa seja ligada ao pensamento francês, a vocação para a adoção de diversidade de pressupostos epistemológicos e enfoques teórico-conceituais persistiu e se intensificou com o ingresso desses novos professores no quadro. Por outro lado, em função da sua dinâmica interna, o PPGPS adquiriu uma identidade da Psicologia Social contemporânea, ao se inserir nos limites cada vez mais amplos, porém balizáveis. Mas também delimitou um número reduzido de linhas de pesquisa, em que correntes específicas exibem um nível satisfatório de afinidade e de articulação academicamente produtivas.
Continuam representadas no PPGPS diversas abordagens em psicologia social, abarcando as tradicionais vertentes cognitivas e interacionais, a psicossociologia europeia e as perspectivas vinculadas às abordagens sócio-históricas e antropológicas. Consolidaram-se a psicologia evolucionista, o domínio da memória social, os estudos da pós-modernidade e a pesquisa em história da psicologia no Brasil, o que tornou o PPGPS, inclusive, referência nestes campos de estudo também no plano internacional. Especificamente o campo de historia teve um crescimento exponencial este ano no 2016 com a inauguração das novas e excelentes instalações do ClioPsiqué e a transformação de seu Acervo em uma Biblioteca especializada em História da Psicologia vinculada à Rede Sirius de Bibliotecas da Uerj.
Mais recentemente, em especial no fim deste quadriênio, outra área vem ganhando força no Programa, os estudos em torno da Avaliação Psicológica através da medição do comportamento ao longo do desenvolvimento humano, com contribuições da neuropsicologia, conhecimentos da psicometria e das teorias de medida em psicologia. Também crescem os estudos sobre emoções, estudos de mindfullness, no interior do ISDES, Laboratório Interação Social e Desenvolvimento, criado no início do PPGPS, com uma rede hoje de pesquisadores de caráter nacional e internacional. Como aquisição deste último ano, começam os trabalhos de psicologia do esporte, área promissora de pesquisa.
É com estas linhas de trabalho que o PPGPS se estrutura hoje, o que, em futuro próximo, talvez exija outros arranjos em termos de linhas de pesquisa. As inúmeras mudanças do quadro docente neste quadriênio, certamente exigirão outra configuração do Programa.
No que tange à procura e aos caminhos do corpo discente, (a) um bom número de mestres formados pelo Programa nele tem continuado para cursar o Doutorado; (b) um número expressivo de doutores egressos do Programa tem ingressado como docentes em outras instituições de ensino superior, e mesmo na UERJ; (c) cada vez mais alunos de outros estados têm procurado o Programa; (d) vários professores de outros Estados do país têm realizado Estágios Pós-Doutoral no Programa e começa a surgir interesse de docentes de outros países.
O PPGPS se encontrou institucionalmente regulamentado pela Deliberação 0033/2004, e atualmente é regido pela Deliberação 03/2016, ambas disponíveis no site, uma vez que ainda há turmas no primeiro regime.
Atualmente, são três as revistas vinculadas ao Programa: Revista Estudos e Pesquisas em Psicologia, Revista Mnemosine e Psicologia e Saber Social.
FUNCIONAMENTO DO PROGRAMA
O prazo máximo de integralização do mestrado é de 24 ou 25 meses, dependendo das exigências da agência de fomento que concede a bolsa e das determinações do Programa.Para o doutorado, é 48 ou 49 meses, utilizados os mesmos critérios. As exceções são discutidas no Colegiado que julga, com critérios claros, a pertinência de extensão ou não do prazo.
A Universidade está crescendo e aumenta o interesse pela inserção dos docentes na pós-graduação. Os critérios para entrada de novos docentes no Programa assim como a permanência dos mesmos estão disponíveis neste site, na nova deliberação.